Carta de uma aluna de pedagogia da UFBA ao Jornal A TARDE
É deseperador assistir diariamente aos diversos fatos que ocorrem em nossa "Salvador - terra dos contrastes". Terra onde somos educados a ser corruptos por questão de "sobrevivência", terra onde temos classes sociais demarcadamente distintas de forma massacrantemente injusta; terra onde pulamos carnaval enchendo nossos tanques de álcool e assistimos aos jogos de futebol da Copa Mundial curiosamente imediatamente anteriores aos momentos decisivos das nossas eleições presidenciais.
É de se pensar o que há por trás dos pequenos acontecimentos do dia-a-dia enquanto estamos sendo incessantemente bombardeados pelas informações caóticas que nos chegam diariamente por tantos meios de comunicação de que dispomos hoje.
Venho através desta comentar um fato em especial que ficou conhecido como "Capitães de Areia". Devo dizer que me chamaram atenção termos como "crianças ladronas", "malandros", "justos castigos", "sossego para as nossas mais distintas famílias", "devidas providências contra esses criminosos", "terrível chefe dos Capitães de areia", dentre outras. Até quando nos acomodaremos em passar uma vida inteira lambendo as beiradas enquanto podemos cavar sempre mais fundo? Já é hora de percebermos os males a que a nossa sociedade se sujeita a cada crime que o nosso governo comete e a cada dia que permanecemos em nossa visão delimitada sobre as causas de ocorridos como este.
Os garotos dos "Capitães de Areia" são muito antes vítimas de toda uma estrutura que se mantém e se fortalece a cada dia - inclusive por nossas próprias atitudes do que coisas do tipo já citadas. N]ao seria interessante educar as crianças para que não seja necessário punir os adultos?
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